
PS.: Como dizia uma pessoa querida... AMIGO É AMIGO, FILHO DA PUTA É FILHO DA PUTA!!! rs
Beijos aos AMIGOS!!!
Nada é por acaso se consideramos que tudo é aprendizado!!!
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Mas até que ponto o ser humano pode resistir a DOR? Será que conhecemos o nosso limite? A DOR física e psicológica está diretamente ligada? Ou não???
Lembro de uma reportagem no Globo Repórter que falava sobre DOR, e uma das matérias era com uma mulher de 23 anos que NUNCA, isso mesmo NUNCA sentiu DOR nenhuma... (Caso queiram ler a matéria, segue link http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1387031-16619,00-CONHECA+A+MULHER+QUE+NUNCA+SENTIU+DOR.html)
Estava vendo a reportagem com a minha mãe e fiquei perplexa... Sempre quando sentimos dor, desejamos que passe logo, indo além da imaginação com o pensamento: “nossa como nunca queria sentir dor, seria MARAVILHOSO”.
Mas não é... Essa mulher nunca sabe se a temperatura da água está quente demais, se o óleo da batatinha respinga queimando a pele. Se a comida que dá para os filhos está “pelando”. Ela nasceu com insensibilidade congenita à DOR, uma mutação raríssima, o que resultou em inúmeras cicatrizes por todo o corpo.
Vendo por esse lado, até que não é tão ruim sentir DOR. Ruim mesmo é se entregar-se à ela.
Esse final de semana estive na minha madrinha de 84 anos de idade LÚCIDA. Imagina uma mulher que na década de 70 era INDEPENDENTE, linda e deslumbrante, com formas arredondadas, seios fartos (pois é naquela época gordinha era sinônimo de saúde e beleza). Uma verdadeira espanhola, com sangue frio, sem medir palavras para expressar o que pensava. Sempre fez o que quis e com quem quis isso mesmo, manteve muitos homens aos seus pés, sugando-os, sendo considerada uma piriguete pela maioria das damas da alta sociedade de São Paulo na época. Foi a primeira mulher do bairro Cambuci a ter um carro zero km, sendo mais específica um Gol (carro do ano na década de 80, e ele ainda existe intacto, parece de colecionador rs).
Uma mulher FORTE, que independente do problema ou dar DOR, nunca se entregava sendo muito dura e arrogante com tudo e todos. Ela não casou, não teve filhos, viveu para ela e por ela. Tudo que conquistou foi com muito esforço, e duvido que tenha sido tão ética quanto deveria.
Sem julgamentos, porque acredito que não existe CERTO ou ERRADO, e sim que cada um toma a decisão de acordo com o que sabe, naquele exato momento.
Hoje, minha madrinha Antônia encontra-se em um estado de CAOS total... Cerca de dois meses ela fez uma colonoscopia e descobriu-se um tumor maligno no reto. Após cirurgia, ela esta sendo submetida a sessões de radioterapia (25) e quimioterapia (8) para que cesse a oportunidade de desenvolvimento do câncer.
Quase sem dentes na boca, com os cabelos caindo, reclamando de DOR a cada instante, sem vontade de nada. Essa realmente não é a MULHER que conheci, de fato nem poderia por causa da idade. O que não entendo, é que como ela esta se ENTREGANDO a doença. Ela não toma nem banho!!!! Porém ela ainda continua TÃO LÚCIDA e TÃO TEIMOSA quanto antes. Ela chegou a implicar que a porta estava batendo, expliquei que o gancho que prendia estava quebrado, ela não acreditou e foi lá ver, depois me pediu para que arrumasse outro gancho!!! Ah pelo amooor!!! Como que essa mulher que luta, que teima, que exige, que briga até com a sombra, xinga Deus e o mundo (e xinga mesmo), trata os outros com desdém, se entrega a DOR??? Como???
Por isso que retomo a pergunta acima: A DOR física e psicológica está diretamente ligada? Ou não???
A DOR, a doença nos coloca num patamar de igualdade, na qual temos que ser solidários e humildes, a ponto de aprendermos com a situação.
Acho que neste caso, infelizmente ela não tem esse discernimento e nem vontade, pois aqui o que vale é só ELA, o interesse dela, o orgulho, independente de quem esteja perto, de quem ela tenha que magoar.
A vida está dando a ela a oportunidade de se redimir com quem, um dia, ela magoou muito... A vida está dando a ela EXATAMENTE o que ela precisa... Porém só depende dela, humildemente, entender esta lição.
Por isso acredito, que a DOR física existe, é fato! Quebrar a perna DÓI, quando a manicure tira aquele “bife” do nosso dedo DÓI, não esperar o café esfriar e dar aquele gole; queima e DÓI...
Agora, ver uma pessoa que você AMA INCONDICIONALMENTE ser magoada por alguém DÓI... DÓI ter que ficar calada sem poder fazer nada, só administrando esse sentimento... Um nó na garganta, um aperto no peito, sintomas físicos leves, que exige muito AMOR para não nos entregarmos a DOR psicológica.